Médico teria pedido para criança tirar a roupa e fazer oração em Canelinha

A mãe de uma criança denunciou, no último domingo (23), um médico da Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha, na Grande Florianópolis, teria pedido para a paciente tirar a roupa e começar a fazer uma oração.

Diretora da Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha, afirma que médico já foi afastado – Foto: PMC/Divulgação/ND

Segundo o sargento Fábio Ribas, do 31º BPM (Batalhão da Polícia Militar), a mãe acionou a guarnição após se sentir ofendida pois o médico solicitou que a criança tirasse a roupa para o exame.

De acordo com o portal Olho Vivo Can, o profissional disse que sabia do que se tratava a dor abdominal e iniciou uma reza. Ainda dentro da sala de consulta, ele teria comentado que era casado, mas que mulheres pediam para sair com ele.

Foi neste momento que a mãe da criança não achou correta a conduta e procurou a chefe da enfermaria, que orientou para que a reclamação fosse realizada para a direção do hospital.

Ainda segundo o sargento Fábio Ribas, neste primeiro momento, não ficou constatado nenhum crime. Porém, um boletim de ocorrência foi registrado ainda no local.

Procurada pela reportagem do ND+, a diretora da Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha, Vanderleia Rosa, afirma que o médico, que trabalha através de uma empresa terceirizada, foi afastado ainda na última segunda-feira (24).

De acordo com o diretor técnico da MPquali, Fernando Oto dos Santos, responsável pelo serviço terceirizado na unidade hospitalar, a gerência tomou conhecimento do ocorrido, dispensou o médio e assumiu o plantão.

Além disso, alega que o profissional tem dificuldades com a língua portuguesa pois não é brasileiro e que o mesmo relatou que recebeu uma mensagem no celular e “respondeu de forma grosseira durante a avaliação da criança, quando a mãe entendeu ter sido para ela. Se iniciou uma discussão e foi chamada a polícia”.

Ainda de acordo com a nota enviada, sobre a oração, a direção não fará “juízo de valor, poi9s não interferiu no atendimento”.

A reportagem procurou o Conselho Tutelar do município, por meio de contato com a prefeitura, e a Polícia Civil mas não obteve retorno.

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